BOM DIA
Trata-se de uma das expressões que utilizamos quando saudamos alguém. Porêm, na língua Kongo, existe entre outras a expressão: luxikamene que traduzida para português resulta em "Como tens passado?". Esta frase no kikongo idiomático é muito profunda, equivale a dizer "como passaste a noite, como chegaste até aqui, enfim como é que tem sido a tua vida e a dos teus.
ARTIGO EM CONSTRUÇÃO: DIOGO CÃO ERA MAÇON?
                  3.1.5. O Rei do Kongo, "Ntotila"- O Kongo dya Xingongo e dya Gunga
           
              O último quartel do século XIX foi a fase da consolidação diplomática cristã junto do então rei do Kongo, anteriormente, Marquês de Katendy, de seu nome oficial D. Pedro V de Água Rosada, porém, conhecido, em todas as terras do Kongo, por Elelo (o rei dos Panos) e Ntotila, Ntinu a Kongo, Weni W’ezulu, entre outros títulos. O Estado Português ia adquirindo sigilosas informações e colocando no terreno os intervenientes mais adequados, num percurso de tempo que, iria arrastar-se durante mais de três décadas, repleto de percalços, até à fixação do imposto de cubata, como factor decisivo de ocupação efectiva, por volta do início da terceira década do século XX.

            Este título, Kongo dya Xingongo, não é conhecido nos estudos académicos sobre o reino do Kongo, porém, chegou à nossa mão, ao compulsarmos documentação que sabíamos de antemão ser importante. Deparamos com o termo, nas leituras que fizemos das conferências de Heliodoro Faria Leal (1914: 317), na Sociedade de Geografia de Lisboa, acerca do exercício do seu cargo de Residente português, em Banza Kongo, desde 1896 até aos anos de 1912.

“ (…) Qual não foi, porém, a nossa admiração, quando a 4 de Abril fomos informados de que o povo queria pôr Manoel Fernandes Comba, Lombo, fóra dos muros (morada dos reis) e que queria para rei Manuel Martins Quedito, tendo chegado a acôrdo para a sua nomeação os dois grupos catolicos e o grupo de protestante.

Marcou-se uma fundação geral para o dia 5 e o povo avisado pelo chingongo (gongue, chocalho com que os sobas convocam a gente) compareceu na residencia pelas dez horas da manhã. (…)

Presumimos tratar-se do lumbembe referido por José Redinha (1963:24): “ (…) No número de peças privativas dos chefes, e em muitos aspectos simbolistas da sua autoridade e presença, contam-se alguns instrumentos musicais. E assim, embora sem significado de insígnia ou emblemática, devemos considerar uma conhecida e muito divulgada peça, espécie de sineta geminada, constituída por duas campânulas de ferro achatadas, ligadas entre si. Incorporam estes instrumentos por um semi-arco do mesmo metal, tudo constituindo uma peça solidária. No leste angolano é designado Lubembe. É percutida por com um ponteiro de madeira, alternadamente nas duas campânulas…Anuncia a aproximação do chefe (…).”



            Admitimos também, embora sejamos avessos a extrapolações simplistas, que o termo ‘Xingongo’ (Chingongo) se prenda com a forma como os missionários, ao longo dos séculos, quiseram verbalizar e fazer passar a sua mensagem para o povo, (com o consentimento das hierarquias tradicionais do Kongo) uma vez que, estas populações se iriam confrontar com dois sons diferentes para as suas fundações (reuniões de extraordinária importância), o do Gongo e o de Gunga, neste caso o chamamento do nosso conhecido sino das igrejas cristãs. O reverendo Weeks (1911:133) diz-nos que o Kongo Dya Gunga, era o espaço físico reservado às missões religiosas, onde os missionários tinham as suas escolas, os seus dispensários de saúde e os seus próprios dormitórios. Situado num extenso planalto, cerca de quatrocentos e cinquenta pés, acima das terras circundantes (mais ou menos, mil e quatrocentos metros). Lateralmente ao planalto, corre o rio Mposo, e de outros dois lados apresentam-se repentinamente dois vales profundos, sendo que, do lado restante, o terreno ondula suavemente até à Banza do rei. Pensamos, que este termo dya gunga, conhecido em português por Kongo dos Sinos, é um bom exemplo de como estas populações encontravam razões analógicas para aplicar nomes às coisas e mesmo às pessoas; tal como nós o fazemos, por vezes, quando alcunhamos alguém, fazemo-lo relacionando-as com o que fazem na vida, assim podemos facilmente aceitar o termo gunga, se pronunciarmos pausadamente as sílabas ‘gun-gan’ perceberemos que significam os sons dos sinos: ‘gun-gan, gun-gan’.

        Tudo leva a crer que, os europeus residentes em Banza Kongo, se puseram de acordo quanto ao significado dos símbolos, uma vez que a comunicação teve um resultado eficaz. Afim de fazer chegar a sua mensagem ao povo os europeus tiveram de se sujeitar ao processo de aculturação, (assimilação a que, no período colonial, se chamou de cafrealização e que resultava da aprendizagem dos europeus quanto aos hábitos e costumes das populações tradicionais da zona). Essa aprendizagem fazia-se através do exercício da língua que compartilhavam, o kikongo. Desta forma, concordavam quanto ao sentido dos sons do gongo e gunga.

        Estamos certos que, com esta introdução, nos podemos aproximar dos autores e actores, a que nos iremos referir, a partir de agora, e porque nos parece razoável, seguiremos a ordem cronológica dos factos históricos e do seu significado. Depois de aturada investigação, detivemos a nossa atenção, para além de outros, sobre quatro autores que se completam, pela forma como abordam os assuntos do Kongo. O primeiro, António Custódio Gonçalves, estuda a sociedade e a cultura Kongo, desde os finais do século XVI ao início do século XVIII. O segundo autor, Louis Jadin, debruça-se sobre o percurso do padre Cherubino da Savona, no que se refere à situação do Kongo e ao rito da eleição dos reis em 1775, tendo exercido as suas funções, no Kongo, desde 1757 até 1779, donde se conclui que os seus conhecimentos sócio culturais, em relação ao reino do Kongo, tivessem sido particularmente profundos. Cabe aqui lembrar que exerceu os seus cargos com o Marquês de Pombal, no poder, em Portugal. O terceiro, o padre António José de Sousa Barroso, mais tarde bispo de Banza Kongo (São Salvador do Kongo) teve um papel muito delicado (e uma saúde de ferro), o de exercer o sacerdócio, no tempo do Ntotila, D. Pedro V de Água Rosada, o último rei do Kongo, jogando os interesses da Igreja Católica face à Baptist Missionary Society, muito mais poderosa, em meios económicos e humanos, o que valoriza ainda mais a acção do padre Barroso. Finalmente, o quarto, que mereceu o respeito de ingleses, belgas e franceses e, especialmente, das elites kongo, que com ele se relacionaram: Heliodoro Faria Leal, o homem capaz de fazer entender a um rei negro, que Portugal já não era um reino e por isso não podia ter um vassalo rei (1911)Foi do dia 1 de Julho de 1911 que deu entrada no Bumbu ou muros dos antigos reis do Congo, Manuel Martins Quedito, reconhecido pelo governo como simples juiz popular, mas considerado ainda pela maior parte do povo como rei.[1]

        Comecemos pela abordagem de António Custódio Gonçalves, de 1958, Kongo, Le Lignage Contre L’état[2] Este documento é muito complexo, pensamos perceber as intenções estratégicas do estudo, pela forma como se aborda o assunto, e também é bom que se diga, que o mesmo vale para as referências, ao também conceituado George Balandier mencionado como profundo conhecedor, que na realidade é, das “coisas” do Congo. De qualquer modo, esta obra começa por colocar entre aspas “Le royaume de Kongo” e, de uma forma superior e muito pouco conhecida, disserta e opina sobre o mesmo potentado. As suas preocupações, diferem da maioria dos cronistas portugueses, não só no que se refere à situação sócio-política vivida no Congo. Para estes escritores, a relevância ia sempre no sentido do domínio exercido pelos portugueses, (analise etnocêntrica) acrescida pela “dilatação da fé”. Porém, restam, quase sempre, silenciosos sobre o significado das relações políticas e sócio-económicas, do valor simbólico dos cerimoniais, da importância dos notáveis e da imposição das insígnias impostas ao soberano pelo Mani Kavunga ou Nsaku Ne Vunda que era, não só o detentor do poder religioso mas também o principal eleitor dos reis e o sacerdote tradicional da coroação e que é figura primacial da nzil’a bazombo, ou seja, o caminho dos zombo.

        Por razões, mais ou menos entendidas, ficamos privados deste valioso capítulo da etno-história kongo, sob pretexto de que se tratava de cerimónias ridículas ou pagãs. Supomos ser, neste ângulo de visão e de opinião, que podemos inserir o documento a que nos vimos referindo. A época a que se reporta o autor coincide com a intervenção filipina em Portugal, que não se encaixa só entre 1580 e 1640. As relações políticas e económicas do colosso ibérico da altura, reflectiam a incidência de preparação das relações mútuas anteriores a 1580 e a uma continuidade das franjas de negócios comuns muito aquém e para além de 1640, dado os interesses económicos da Holanda, da Espanha e de Portugal. Este último nunca actuou só, não tinha forças para negócios de tal envergadura, tal pode ser verificado pela complexidade do tratado de Tordesilhas.

        Voltando à obra de Custódio Gonçalves, as linhagens kongo sempre tiveram noção da capacidade de intervenção dos seus adversários europeus, submergiam quando disso tinham necessidade, e emergiam logo que para isso pressentiam ocasião (presentemente estão nesta fase). A grande debilidade do poder centralizador kongo acentuada por Gonçalves, pode justificar-se uma vez que o reino do Kongo foi, por ele, visto na sua fase de declínio de poder centralizador, face a circunstâncias históricas do conhecimento geral, que destinaram os europeus a colonizar o continente africano, tal como tivemos ocasião de sublinhar no artigo sobre os ‘kuamato, nos finais do século XIX princípios do século XX’, intitulado “Terras do Fim do Mundo”[3].

        A organização centralizada da administração governamental portuguesa incluía já métodos eficientes de exploração sócio económica. Utilizava um suporte contabilístico sofisticado, operado e analisado especialmente por judeus cristãos - novos, não deixando margem para dúvidas, sobre o abismo que diferenciava esta civilização complexa, reforçada por estratégias belicistas, com avançados meios logísticos de produção e transporte, face à fechada e arcaica sociedade Kongo. Assim se explicam os avanços dos europeus até aos anos vinte do século XX. O Brasil, era já uma promissora realidade carenciada de mão-de-obra negra, há muito estudada e justificada. Nos meados do século XVIII, o pulso de ferro do Marquês de Pombal, reconhecido em toda a Europa pelos os seus métodos de persuasão e dissuasão, uma vez dominados os Jesuítas, não deixava margem para dúvidas. O seu pragmatismo não ia ao ponto de suprimir o apoio de Roma. Durante a sua governação, foi fundada a fábrica de Nova Oeiras no Kazengo, no reino de N’gola. 




                      A fazenda Palmira, no Kazengo, zona de implantação das instalações da fábrica de Nova Oeiras

        O distrito de Kazengo chegou a ser considerado o mais importante, do ponto de vista agrícola, em finais do século XIX. No Kazengo, foram construídas três fábricas onde se trabalhava o ferro extraído das minas de Kalanga. A principal foi mandada construir, em 1767, pelo governador-geral Inocêncio de Sousa Coutinho, num local, a que se deu o nome de Oeiras, nas margens do rio Lukala. Nesta fábrica chegaram a fundir-se peças de artilharia. Ainda hoje, existem vestígios da sua existência. Kazengo fazia parte do antigo reino do Ndongo, governado pelo célebre potentado N´gola [4], tendo utilizado os ferreiros do Zombo.[5]

        Os europeus apesar de dizimados pela sede, pela fome e pelas doenças tropicais, assim que uns morriam, outros se lhes seguiam nas mesmas e profundas agruras e privações. Porém, o espírito das gentes dos descobrimentos acabava por se impor, especialmente pela mão de mercenários, condenados, gente da pior espécie à mistura com missionários, muitas vezes e, a um só tempo, comerciantes, guerreiros e funantes, (os célebres maskates do Brasil) enfim, pau para toda a obra. Este rosário de penas levou à coexistência, nem sempre pacífica, de duas mentalidades profundamente distintas, colocadas, frente a frente numa relação de dominação-subordinação, motivadas por relações complexas de problemas políticos, culturais e sócio económicos.

        O autor Custódio Gonçalves, na introdução do livro que já referimos,  na página treze, começa por dizer: “Dans la mesure où cette societé traditionelle demeure vivante aujourd’hui (…)” ultrapassando as suas linhagens, entre outras as Yombe, Nsundi, Manianga, Nlaza e Nsaku com sucesso, o período colonial. Por nós, quando nos debruçarmos sobre Os Clãs Zombo ou Bambata no Antigo Reino do Kongo”, actualizaremos a informação sobre as linhagens actualmente mais proeminentes.

        Assim, o antropólogo assinala os diferentes períodos da história de séculos dos kongo, marcados por profundas crises, sobretudo durante século XVI e a segunda metade do século XVII, provocadas por um sistema político estranho aos conceitos e às práticas tradicionais, baseados nos mecanismos da constituição e identificação dos grupos em relação à terra e ao parentesco, sendo através, das ligações e das contradições das linhagens e das genealogias, de breves histórias dos grupos, das listas de chefes, que se revelavam as articulações essenciais da estrutura política segmentaria. O equilíbrio entre a matrilinhagem e o grupo patriarcal, determinava a organização política em grandes chefaturas de direito sagrado e do sistema de representações ou de crenças baseadas nos antepassados e no sistema de mecanismos relacionados com a terra, como já vimos.

        É interessante saber também, como um professor a disciplina de ‘relações internacionais’ do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, sedeado em Lisboa, classifica uma chefatura como “Competência técnica sem poder” e ‘chefferie’ como um espaço onde não existe poder “ (…) l'éspace de la chefferie n’est pas un lieu de pouvoir.(…)” Há um chefe sem poder porque as sociedades primitivas são igualitárias e não estão marcadas pela dissimetria. O chefe apenas tem prestígio, pelos dons oratórios, pelo carisma, pela sua capacidade técnica, nomeadamente a militar. Só acontece isso quando surge a grande revolução do Estado, no neolítico. A partir de então, há uma divisão entre dominantes e dominados. Surgem, a partir de então, as noções de autoridade e de coerção.[6] [© José Adelino Maltez. Página profissional de José Adelino Maltez (http:// maltez.info)].

        O que ressalta para o interesse do nosso estudo, especialmente na exposição de Gonçalves e o que nos diz respeito, é a sua forma de abordar a sociedade Kongo, tal como ela era internamente e singularmente ainda é, gizando e tramando os dados histórico sociais de forma a fazerem internamente sentido, quando a determinado momento transcreve [7]:“ Après que Ntinu eut conquis tout le royaume ou la plus grande partie de celui-ci, il alla s’établir sur une colline à quatre lieues dela ville de Kongo; lá, il procedá à lá distribuition des terres qu’il avait acquises; chacun de ses capitaines reçut une province (…) La colline où se fit le partage se nomme encore aujourd’hui ‘mongo wa kaila’, la colline du partage (…) il ordonna que tous les siens épousent des femmes du pays (…) et tous s’appelaient de l’ancien nom de Muxikongo (…). Par lui s’en alla vers Mbanza Kongo et il épousa une fille du chef Kabunga qui y residait (…) Dans le Vungu, il y a encore des chefs qui sont en relation avec ceux du Kongo, ils s’envoient mutuellemente des présents et, de la sorte, ils reconnaissent les liens de parenté qui les unissent, car tous sont issus d’une meme et unique souche.». Deste modo, identifica o Many Kabunga pelo termo chefe, não nos esquecendo que quem os unificou foi Lukeni, só ele foi «primo entre pares». E continua,“(…)Une autre phase des migrations kongo est celle des groupes venant du N.E. du haut Kwango ou Kongo di Nlaza jusq’au plateau central de Mpemba, ayant constitué ensuite le territoire et la chefferie de Mbata, dont le chef appartenait à une branche du lignage des Nsaku et avec lequel Lukenio conclut une alliance.[8] Volta assim o autor, para nosso interesse, a destacar a importância da personagem principal dos zombo, o Many Kabunga

        Para não nos confundirmos com tais apelidos e nos não perdermos nas ideias, recordemos: em primeiro lugar, era comum dar-se o nome do chefe à povoação, em segundo lugar, as povoações que, numa dada altura, foram muito importantes, deixaram de o ser noutras, devido a invasões e razias; finalmente, os chefes com carisma, a determinado momento, herdavam epítetos laudatórios e tomavam ou recebiam outros a que juntavam aos primeiros. É o que acontece com o Mani Bunda ou Vunda – “ il capitane generale di questa provinciade panguche si chiamava Mani Bunda[9]

        Uma frase a que damos importância relevante está incluída no último trecho em francês: “… ils reconnaissent les liens de parenté qui les unissent, car tous sont issus d’une même et unique souche”. Pela parte que diz respeito aos zombo, esta reveste-se de particular importância ainda hoje, para os mfumu a kanda. Cavazzi, autor da Istorica descrizzione de´tre regni Congo, Matamba e Angola é citado pela relevância que tem para a filosofia Kongo como unique souche. O autor nas notas ao capítulo um, do livro de Gonçalves (1985:43) refere A. Fu Kiau, Le Mukongo et le monde qui l’entourait: a sabedoria política, a arte do diálogo, o respeito pela hierarquia encontram-se contidos na KODIA, a célebre concha que simboliza o Kongo (trata-se do caracol) que para nós tem a aparência de um búzio. Este conceito prende-se com matéria da sucessão política segundo o direito tradicional ou costumeiro: o homem deve ser considerado criança para todos antes de atingir o patamar da vida adulta, deve permanecer subalterno antes de aceder ao poder, deve de ser iniciado antes de poder governar.




[1] Leal, José Heliodoro de Faria. (1914) Estudos Coloniais – Memórias d’ África. Boletim da Sociedade de Geographia de Lisboa. Sede da sociedade. Lisboa., p. 321
[3] Oliveira, José Carlos de (2005) Terras do Fim do Mundo – Campanhas do Kuamato (1905, 1906, 1907). Revista Militar. Lisboa. 12: 1469.
[4] Lemos, Maximiano (dir.) (1900-1909) Encyclopédia Portuguesa Illustrada Lemos e Co. Porto. II Volume, p.701
[5] Almeida, António de. (s/d) Subsídio para a História dos Reis do Congo. Biblioteca do Instituto Superior de Ciências sociais e Políticas. Lisboa. (documento policopiado), p.16.
[6] José Adelino Maltez. Acedido em 21 de Dezembro de 2005, em http://maltezinfo.
[7] Gonçalves, António Custódio (1985) Kongo, le Lignage contre l’état. Instituto de Investigação Científica de Portugal. Universidade de Évora. Évora., p. 33.
[8] Idem, pag.34
[9] Idem, pag.42

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