BOM DIA
Trata-se de uma das expressões que utilizamos quando saudamos alguém. Porêm, na língua Kongo, existe entre outras a expressão: luxikamene que traduzida para português resulta em "Como tens passado?". Esta frase no kikongo idiomático é muito profunda, equivale a dizer "como passaste a noite, como chegaste até aqui, enfim como é que tem sido a tua vida e a dos teus.
ARTIGO EM CONSTRUÇÃO: DIOGO CÃO ERA MAÇON?

Tese de Doutoramento


Os Zombo


Este subgrupo étnico, também conhecido por Bazombo, Bambata (Ba Mbata), foi considerado como a elite mercantil da região de M’Bata e parte integrante do célebre Reino do Kongo . O seu chefe ancestral, Nsaku Ne Vunda ou Mani
Mongo exerceu durante séculos o poder terreno sob o manto sagrado matrilinearda kanda Nsaku.

A sua privilegiada localização geográfica, entre o Norte de Angola e o Sul da República Democrática do Congo está implantada num extenso planalto situado entre 1000 a 1100 metros de altitude e esta prerrogativa terá estado na base da escolha das íntimas relações que vieram a estabelecer-se entre o mítico Nimi a Lukeni, o”mwana” de Nsaku (leia-se o primogénito) e a autoridade mítica do grupo Kongo. O seu chefe Mani Vunda era o legítimo herdeiro do poder religioso e o principal eleitor dos reis.

Usaram e usam ainda, o poder religioso como suporte fundamental do seu mando, porém, com uma singularidade: sublimaram esse mesmo poder no controle das rotas comerciais entre o rio Zaire ao Norte e o rio kuanza ao Sul.
Foram e continuam a ser parceiros comerciais privilegiados entre outros, de portugueses, holandeses, franceses, belgas, ingleses, alemães, americanos e ultimamente de russos, cubanos, chineses e até coreanos.

Os Zombo souberam aproveitar das situações diplomáticas e comerciais em que intervieram (e continuam a intervir), assumindo-se agentes activos privilegiados entre os povos do interior e do litoral das bacias do rio Zaire e Kuanza. A sua apetência pelo tráfico de todo o tipo de mercadorias afectou profundamente a sua existência. O ambiente natural e a sua cultura imediatista, relacionada com o comércio de longa distância, levaram a que sejam considerados como comerciantes natos, daí, a sua sedução pelo comércio desde a mais tenra idade.

Palavras chave:
Angola, Congo, reino do Kongo, independência, comércio internacional, diplomacia, poder religioso, comércio local, elite mercantil, contrabando, clãs, colonização, magia e religião.