Quando os portugueses chegaram com as suas caravanas e caravelas, por terra e por mar, à bacia do rio Zaire ou Kongo, na África Ocidental por volta de 1483, já era longo o conhecimento adquirido pelos Kongo (habitantes de clãs estabelecidos na bacia do rio Zaire ou Kongo) como mercadores exímios de todo o tipo de mercadorias.
Naquele tempo, os kongo dominavam rotas terrestres de longo curso com caravanas imensas. Traficavam, trocando os produtos mais apetecidos e raros com os povos islamizados. Esse comércio, tomou proporções inimagináveis com a chegada dos mareantes europeus ocidentais.
O sistema mágico religioso liderava o pensamento da vida dos Kongo. Tudo, absolutamente tudo, o que a vida quotidiana lhes proporcionava, era em si, um ato mágico. A inospitalidade do ambiente físico a que acrescia o tipo de pensamento dos kongo, não permitia aos europeus, o contato físico sem um tremendo esforço. Tiveram de vencer obstáculos por demais narrados nos manuais da História dos Descobrimentos. Vale a pena citar aqui o Residente José Heliodoro de Corte Real Faria Leal que, em terras do reino do Kongo, soube gerir, face aos Mfumu a Nsi (senhores do chão sagrado) os negócios de Portugal, de 1896 a cerca de 1914. São dele as seguintes palavras: “Criavam-se oficinas e levantavam-se pavilhões Tollet para instalação do governo, tropas e funcionários. Mergulhava-se o hospital no ponto mais pantanoso e marcava-se o cemitério no alto mais ridente da colónia. Em Angola era ainda o tempo da velha colonização “Uma cadeia, uma fortaleza e uma alfandega”. Era o tempo de “Aliás quem não quiser caminhar tem de morrer”. Ainda não tinha chegado o tempo da colonização moderna “O hospital, a escola e a locomotiva” .
Eram tempos de vida curta, voluntariosa em extremo, destinavam-se a este mister os indivíduos mais decididos e mais capazes de dispensar o mínimo conforto. Os homens e as pouquíssimas mulheres brancas a mourejar naquelas paragens, já nem sabiam o que era fazer das tripas coração, só sabiam que era preciso, a todo o custo, sobreviver. “Se não morriam nas guerras e sob a ação do clima, fixavam-se então à terra, fundavam povoações e erguiam casas de “pau a pique”. Eram os deserdados da sorte que demandavam tão longínquas paragens. O resultado da sua “compra de ilusões”, muitas vezes, não chegava para adquirir uma simples mortalha. E as elites kongo que pensavam? Pensavam que era tempo de acautelarem os seus haveres. Os mais velhos lembravam aos mais novos conselhos que evitassem disputas entre si, que tomassem cuidado, que “contivessem a língua”, que não discutissem as ordens da autoridade portuguesa que sabiam estar protegidas por agentes ingleses, franceses e belgas…
O sistema mágico religioso liderava o pensamento da vida dos Kongo. Tudo, absolutamente tudo, o que a vida quotidiana lhes proporcionava, era em si, um ato mágico. A inospitalidade do ambiente físico a que acrescia o tipo de pensamento dos kongo, não permitia aos europeus, o contato físico sem um tremendo esforço. Tiveram de vencer obstáculos por demais narrados nos manuais da História dos Descobrimentos. Vale a pena citar aqui o Residente José Heliodoro de Corte Real Faria Leal que, em terras do reino do Kongo, soube gerir, face aos Mfumu a Nsi (senhores do chão sagrado) os negócios de Portugal, de 1896 a cerca de 1914. São dele as seguintes palavras: “Criavam-se oficinas e levantavam-se pavilhões Tollet para instalação do governo, tropas e funcionários. Mergulhava-se o hospital no ponto mais pantanoso e marcava-se o cemitério no alto mais ridente da colónia. Em Angola era ainda o tempo da velha colonização “Uma cadeia, uma fortaleza e uma alfandega”. Era o tempo de “Aliás quem não quiser caminhar tem de morrer”. Ainda não tinha chegado o tempo da colonização moderna “O hospital, a escola e a locomotiva” .
Eram tempos de vida curta, voluntariosa em extremo, destinavam-se a este mister os indivíduos mais decididos e mais capazes de dispensar o mínimo conforto. Os homens e as pouquíssimas mulheres brancas a mourejar naquelas paragens, já nem sabiam o que era fazer das tripas coração, só sabiam que era preciso, a todo o custo, sobreviver. “Se não morriam nas guerras e sob a ação do clima, fixavam-se então à terra, fundavam povoações e erguiam casas de “pau a pique”. Eram os deserdados da sorte que demandavam tão longínquas paragens. O resultado da sua “compra de ilusões”, muitas vezes, não chegava para adquirir uma simples mortalha. E as elites kongo que pensavam? Pensavam que era tempo de acautelarem os seus haveres. Os mais velhos lembravam aos mais novos conselhos que evitassem disputas entre si, que tomassem cuidado, que “contivessem a língua”, que não discutissem as ordens da autoridade portuguesa que sabiam estar protegidas por agentes ingleses, franceses e belgas…
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